quarta-feira, 17 de agosto de 2011



E se a gente é capaz de se iludir com um simples “oi”, um "para sempre" deveria ser acompanhado de alguma espécie de ritual, um tipo de pacto de sangue onde a certeza, coisa reconhecidamente improvável e impossível, fosse prevista por uma potente bola de cristal, para que ela, cúmplice, apadrinhasse a intenção.
Para sempre é a mais perfeita das declarações. E a mais arriscada. De dizer e de ouvir. A gente sabe que não há como prever, mas o coração tem disso: achar-se especial e merecedor de tamanho privilégio.
Infalível é a capacidade dos corações em se comover e acreditar. Palavra vinda da boca amada carrega o selo do Divino, cremos pura e simplesmente. Os olhos, as mãos, cada fóton lilás que nos encobre, partícula por partícula, vamos caminhando rumo ao precipício da palavra. Ouvidos de acreditar são ouvidos diferentes dos de ouvir, são pontes que nos levam ao paraíso, e após um 'para sempre', acrescidos somos de pureza, leveza, doçura, um monte de sentimentos sublimes que fazem o coração parecer um gigante possuidor de amanhãs, e como a gente sabe, os amanhãs são de alguma forma, PARA SEMPRE!

Be Lins








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