quarta-feira, 4 de maio de 2011



Vestia-se de menina quando deveria vestir-se de mulher, vestia-se de mulher quando deveria vestir-se de menina.
Não era como as outras.
Para cada hora do dia, olhos diferentes, brilhos diferentes, sensações diferentes.
Dessa doce mistura, renascia todas as manhãs.
Sabia apenas que precisava colher emoções e registrá-las no papel. Escrevia um diário.
Diário dos anos, das pessoas, das coisas que as pessoas faziam, sentiam, das coisas que as pessoas vazias não puderam sentir.
Ela não era vazia. Sentia com a intensidade do mundo.
Era mulher e menina, escolhia o que queria ser.
Nessa doce mistura, residia seu encanto.


Erica Maria


Nenhum comentário:

Postar um comentário